O secretário de Cultura de Ribeirão Preto (SP), Alessandro Maraca, fará uma reunião com representantes das escolas de samba da cidade de Ribeirão Preto na próxima segunda-feira (18) para sugerir um corte gradual de recursos da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto aos grupos a partir de 2014. Segundo ele, a administração municipal vai orientar as agremiações sobre a obtenção de verbas estaduais e federais, com o objetivo de liberar os cofres municipais para mais investimentos na infraestrutura do carnaval.
“Tivemos um crescimento do carnaval em termos técnicos. Queremos dar continuidade a esse crescimento e proporcionar ferramentas para que elas [escolas] possam captar recursos para o carnaval”, afirmou Maraca a reportagem nesta terça-feira (12).
A secretaria estima ter gasto R$ 950 mil nos desfiles em Ribeirão este ano. O valor inclui o custo de R$ 454 mil para a instalação das arquibancadas na Avenida Mogiana, repasses de R$ 67 mil para cinco escolas de samba e de R$ 36 mil para duas escolas de Bonfim Paulista – valores que só foram concedidos integralmente em janeiro.
De acordo com Maraca, as escolas de samba passarão por oficinas sobre como obter verbas por meio de leis de incentivo fiscal – Rouanet e Programa de Ação Cultural (Proac). Aquelas que não conseguirem não ficarão sem recursos, garantiu o secretário. “Existe uma questão cultural nessa dependência. Não dá pra ser de uma hora pra outra. Nossa intenção é capacitar e acompanhar pra ver quais escolas estão conseguindo, mas não podemos abandoná-las de uma vez”.
Com os recursos que não forem repassados às escolas, a Secretaria da Cultura anunciou que fará melhorias de infraestrutura para os desfiles e para os blocos de rua. “Existem cidades em que as escolas não têm tanta dependência e a prefeitura pode investir mais na estrutura do carnaval. Temos em Ribeirão uma novidade que são os blocos, outro tipo do carnaval para o qual precisamos dar um auxílio maior”, disse.
Segundo Maraca, para melhorar a estrutura dos desfiles uma das opções é investir em cobertura nas arquibancas, cuja falta de proteção afastou o público da Avenida Mogiana por conta das chuvas. De acordo com o secretário, 8,5 mil pessoas foram prestigiar as escolas em dois dias de festa.
Outra saída é viabilizar a construção de um sambódromo, cujo projeto de R$ 5 milhões poderá ser financiado por uma empresa, por meio de uma parceria público-privada (PPP). Um dos locais cogitados é o Parque Permanente de Exposições. “Existe uma conversa com a Secretaria de Turismo, só que estamos ainda em tratativa. Não posso dar um anúncio oficial sem algo mais concreto.”
Fonte: G1