Enxaqueca afeta equilíbrio dos pacientes, aponta USP de Ribeirão

Uma pesquisa da USP de Ribeirão Preto(SP) apontou que a enxaqueca afeta o equilíbrio das pessoas que sofrem da doença. O neurologista José Geraldo Speciali, que participou do estudo, explica que tarefas básicas do dia a dia, como andar em uma linha reta, ficam alteradas nos pacientes. “Elas oscilam mais que as que não têm enxaqueca. Levantar, caminhar e sentar de novo também é mais difícil”, diz.

Speciali conta que foram observados pacientes que têm crises da doença acima de três ou quatro vezes por mês. Apesar de constatar a alteração no equilíbrio, o neurologista afirma que essa diferença é notada principalmente durante uma análise médica e não chega a atrapalhar a rotina dos pacientes. “No dia a dia, poucos perceberão essa situação. Não é problema para dirigir, escrever, se vestir. É perceptível mais em uma pesquisa que pega a fineza do movimento.”

Segundo o médico, a principal causa da enxaqueca é a genética e os sintomas podem se agravar com fatores ambientais, como hormônios e stress. “Quem tem enxaqueca herda de seus pais uma genética de propensão à doença e sobre essa genética vêm os fatores ambientais. É essa somatória que determina as crises. Grande parte das mulheres com enxaqueca, por exemplo, tem crises mais fortes durante o período menstrual”, afirma.





Atenção ao prato
Em relação à influência dos alimentos em provocar crises, Speciali diz que também depende da herança genética. “Alguns herdam sensibilidades a alimentos, então o que desencadeia é o alimento. Os principais são o chocolate, a banana, frituras e amendoim”, conta. Já a cafeína, segundo ele, pode ser um tratamento. “Cafeína é um fitoterápico. Se ingerir na dose certa, no máximo três xícaras por dia, ajuda. Em excesso, vai ter efeito colateral.”

Recomendação
“Viver metodicamente” é a recomendação do neurologista para evitar que os sintomas da doença apareçam, pois tudo em falta ou excesso pode representar um risco, inclusive as horas de sono. “O interessante é que a enxaqueca pode ser provocada se a pessoa dorme pouco, mas um sono muito longo também causa enxaqueca. Tem gente que tem [crises] só aos finais de semana, porque dorme mais. Quem tem a doença tem que viver bem metodicamente, com horário para dormir, acordar, se alimentar” diz.

Fonte: G1





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